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A importância do diagnóstico para o sucesso de um projeto agropecuário

A produção agrícola é uma atividade de riscos técnicos e econômicos. Riscos técnicos de natureza climática (chuvas, secas, altas e baixas temperaturas) e de natureza produtiva (pragas, doenças, manejo de solo etc.). Além disso, há riscos econômicos de natureza administrativa, logística e mercadológica. Portanto, para o desenvolvimento de um projeto agropecuário é essencial partir de um bom diagnóstico, isto é, de um levantamento dos dados disponíveis, oportunidades de negócio e desafios de gestão relativos a esse projeto.

Este diagnóstico pode ser classificado em três etapas: diagnóstico regional, territorial e diagnóstico da propriedade.

Diagnóstico regional:

É o levantamento de todos aspectos socioeconômicos e ambientais da região onde está localizada a propriedade, a partir de dados oficiais, particularmente aqueles relativos à aspectos ambientais (clima, solo, relevo, hidrografia) e à produção agrícola e pecuária. Desta forma, é possível apontar potencialidades e ameaças regionais do negócio a ser desenvolvido.

Diagnóstico territorial:

O diagnóstico territorial é o levantamento dados públicos ou privados e seus efeitos que frequentemente não são relacionadas com a atividade agrícola, mas a influenciam. Alguns exemplos são: a existência de Áreas Legalmente Atribuídas (Unidades de Conservação e suas respectivas Zonas de Amortecimento, Terras indígenas, Quilombolas); Assentamentos rurais; atividades minerárias. Todos estes fatores colocam restrições à atividade agrícola. Outros, pelo contrário, potenciam a produção – o melhor exemplo destes são os corredores logísticos (rodovias, ferrovias, hidrovias).

Diagnóstico da propriedade:

Trata-se da etapa final do diagnóstico e está focada na avaliação da propriedade. São considerados, entre outros, os seguintes aspetos:

  • A cobertura do solo;
  • As áreas imobilizadas por questões legais (Áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal, Unidades de Conservação etc.);
  • A topografia do terreno, identificando as áreas declivosas e planas;
  • A base hidrográfica da propriedade, avaliando seus aspectos qualitativos e quantitativos;
    As infraestruturas produtivas e habitacionais;
  • Os melhoramentos fundiários.
Colheita de solo para análise

Todos os dados acima são representados em mapas temáticos, com suas respetivas dimensões. Os mapas facilitam o entendimento dos dados relevantes da propriedade..
Uma vez definidas as áreas de desenvolvimento de um possível projeto agrícola, é feita uma análise de solo de cada uma delas. A análise demonstrará a qualidade física e química do solo e deve ser base para qualquer planejamento de produção.

De posse de todas essas informações, se tornará possível realizar uma análise holística, identificando as potencialidades, ameaças, fraquezas e oportunidades do projeto e apontar alternativas a serem desenvolvidas na propriedade.

Uma vez determinadas a(s) atividade(s) a serem desenvolvida, será necessário estudo de viabilidade técnica-econômica dessa escolha. A análise levará em consideração todos os aspectos relacionados ao diagnóstico e os aspectos relacionados a atividade escolhida. Além disso, outros pontos devem serão incluídos, a saber: planejamento de produção, mercado, logística e marketing/comunicação.

Agricultura Orgânica: A tendência do futuro já começou

O que temos acompanhado nas últimas semanas é um cenário de incertezas, onde especialistas fazem previsões para um futuro próximo, especulando as tendências econômicas e padrões de comportamento da sociedade que já está em processo de transformação por conta da pandemia que nos assola. 

Mais uma vez, o Agro toma conta dos noticiários e se apresenta como um setor seguro e estruturado, mantendo-se firme para garantir o abastecimento de alimentos da população. 

Uma previsão é certa: o foco na saúde tem ganhado destaque na vida do brasileiro, e o alimento é uma das formas como o consumidor traduz essa relevância. No final do mês de abril foram diversas as reportagens informando o aumento do consumo de alimentos orgânicos e suas novas formas de comercialização.

O Valor Econômico noticiou que empresas de plataformas de comercialização quadruplicaram suas vendas de orgânicos após a confirmação da pandemia. A Sociedade Nacional de Agricultura, SNA, trouxe em seu blog de notícias a reportagem sobre esse crescimento do mercado de alimentos orgânicos, dando destaque as formas de comercialização e adaptação dos produtores rurais. 

De acordo com os dados dos últimos 90 dias divulgados pelo site do Google Trends para o  assunto Agricultura Orgânica, o interesse ao longo do tempo pelo termo aumentou significativamente a partir do início de abril de 2020 e se mantém até o início do mês de maio.

Fonte: Google Trends  

Os número comprovam a previsão da tendência, afirmando o padrão de comportamento do consumidor brasileiro diante da preocupação com a saúde e em suas apostas para o futuro. A inovação no mercado agropecuário vem crescendo exponencialmente nos últimos anos e a Agrosuisse acredita que é possível potencializar os negócios com a saúde e o bem-estar da população através do consumo de alimento orgânicos, seguros e sustentáveis.

A Importância do acompanhamento da qualidade do solo

Avaliar a qualidade do solo é fundamental para que se possa extrair o máximo potencial de uma área que se quer produzir. Segundo a Embrapa, a análise do solo é o principal instrumento para o diagnóstico da fertilidade do solo, permitindo a recomendação das quantidades de adubos e calcário necessárias para obter rendimentos elevados das culturas.

Paisagens como a da figura, com falhas da produção na área, são comuns quando não são aplicados princípios básicos de monitoramento dos indicadores químicos, físicos e biológicos.

Umas das ações mais praticadas é a análise de química (fertilidade) e física do solo, porém existem outras avaliações técnicas que contribuem para o monitoramento a fim de corrigir possíveis falhas ou impactos negativos na produção como:

Avaliação de plantas espontâneas (quantidade, espécies e as mudanças ao longo dos anos) – É fundamental para entender a mudança do solo em questão. As plantas espontâneas traduzem bem a condição do solo conforme sua adaptabilidade e a necessidade por determinadas características para o desenvolvimento.

Identificação de matiz do solo – A cor do solo está diretamente relacionada as suas propriedades químicas e físicas e a composição biológica e mineralógica. Ela é uma propriedade física que expressa diversas informações sobre o solo. A mudança da cor pode ser uma resposta a mudanças de relevo, vegetação, profundidade, clima, aeração, material de origem, grau de intemperismo, mineralogia e concentração de matéria orgânica.

Níveis de compactação, avaliação de desempenho das culturas anteriores, assim como outras práticas são utilizados também para monitoramento e avaliação do solo.

Sistemas de produção orgânicas e sustentáveis estão usando cada vez mais essas alternativas de análises e diagnósticos das áreas, algumas vezes pela simplicidade, outras pelo baixo custo que elas representam, mas ainda pela eficiência na tomada de decisões. 

Seja qual for a prática e tipo de análise a ser usado, o que importa é que para obter bons e resultados perduráveis, o produtor precisa monitorar e planejar as operações a fim de garantir a produtividade e a qualidade final das lavouras.

Tem dúvidas sobre indicadores e monitoramento do solo?

A cadeia agroindustrial da carne e a Amazônia

Publicado em Animal Business

Em recente estudo publicado pelo Imazon e Instituto Centro de Vida, “Os Frigoríficos vão ajudar a zerar o desmatamento da Amazônia?”, é apresentado que a pressão para zerar o desmatamento, legal ou ilegal, está cada vez maior. Dita como atividade mais poluidora do país, quando são consideradas as emissões dos gases gerados pelas queimadas, os frigoríficos afirmam o comprometimento de comprar animais para abate somente de fazendas sem desmatamento após 2009.

Em 2009, o Ministério Público Federal (MPF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA) processaram frigoríficos no estado do Pará que compravam gado de fazendas embargadas por desmatamento ilegal. Além disso, o MPF ameaçou processar empresas, como supermercados e indústria de couro, que continuassem a comprar desses frigoríficos.

Saiba mais em: https://animalbusiness.com.br/colunas/zootecnia/a-cadeia-agroindustrial-da-carne-e-a-amazonia/

A produção animal e os desafios das questões climáticas para o novo milênio

Publicado em Animal Business

A produção animal abrange diversas espécies e setores, neste contexto precisamos ampliar a discussão sobre os desafios que se colocam para os próximos anos. Estes desafios estão diretamente relacionados com as diretrizes globais, a quais são intimamente ligados a questão ambiental.

Saiba mais em: https://animalbusiness.com.br/colunas/zootecnia/a-producao-animal-e-os-desafios-das-questoes-climaticas-para-o-novo-milenio/

O censo agropecuário 2017 e a pecuária no Brasil

Com Tomaz Lanza e Eduardo Azeredo

Os resultados do censo agropecuário de 2017 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, indica a dinâmica da produção animal no Brasil nos últimos trinta e dois anos. Os resultados fortalecem que a realização do censo agropecuário deve ser de forma sistemática e com maior frequência devido á grande importância, cada vez maior, do setor no desenvolvimento do Brasil e na sua participação no Produto Interno Bruto, PIB, do pais.

Saiba mais em: https://animalbusiness.com.br/colunas/zootecnia/o-censo-agropecuario-2017-e-a-pecuaria-no-brasil/

A nova era da Pecuária no Brasil

Publicado em Animal Business Brasil

A nova era da Pecuária no Brasil é caracterizada pela transformação nos modelos de produção em sistemas mais eficientes e sustentáveis.

A Pecuária Sustentável está em pleno desenvolvimento com a mudança de conceitos e a introdução de tecnologias que promovem o aumento da produtividade nas fazendas de pecuária em todas as regiões brasileiras.

Saiba mais em: https://animalbusiness.com.br/colunas/zootecnia/nova-era-da-pecuaria-no-brasil/

Nutrição Animal e a produção de grãos no Brasil

Por Eduardo Guimarães – Publicado em Animal Business Brasil

No ranking onde é analisada a arrecadação do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado pelo FMI, o Brasil está entre as maiores economias do mundo, principalmente quando nos remetemos à produção agropecuária que é responsável por grande parte do PIB brasileiro. O país também se encontra entre os maiores exportadores agrícolas mundiais e está entre os 5 primeiros países na produção de leite, carne de porco, frango e carne bovina. Razões das atenções voltadas para a produção agropecuária nacional, que assume o papel de carro-chefe na expansão da economia, isso também graças às colheitas excepcionais das principais culturas exportadas: a soja e o milho.

Saiba mais em: https://animalbusiness.com.br/colunas/zootecnia/nutricao-animal-e-producao-de-graos-no-brasil/

A pecuária sustentável como aliada a adequação ambiental

Por Fábio Ramos e Eduardo Azeredo – Publicado em Animal Business

Cerca de 20% da área do país (154 milhões de hectares) é ocupada por pastagens. A maior parte do rebanho brasileiro, de 218 milhões de cabeças (segundo maior rebanho mundial), é criada em pasto, o chamado “boi verde”. Segundo o relatório de Anual da Pecuária da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) estima-se que somente 12% do rebanho é terminado em sistema intensivo (confinamento). Ainda segundo a ABIEC, a lotação média (número de cabeças por unidade de área) é de 1,25 cabeças por hectare. Em sistemas de baixa produtividade o valor chega à 0,7 cabeças por hectare ou menos. Já em sistema melhorado, 3 cabeças por hectare ou mais.

Saiba mais em: https://animalbusiness.com.br/colunas/zootecnia/pecuaria-sustentavel-como-aliada-adequacao-ambiental/

O uso de veículo aéreo não tripulado na agropecuária

Por Eduardo Azeredo – Publicado em Animal Business

O desenvolvimento da tecnologia da informação (TI),  vem trazendo a cada dia novas possibilidades para o produtor rural. Nos últimos tempos, diversos equipamentos de auxílio ao produtor vêm sendo lançados no mercado. Um dos principais é o Veículo Aéreo Não Tripulado, popularmente conhecido como Drones.

Saiba mais em: https://animalbusiness.com.br/colunas/zootecnia/o-uso-de-veiculo-aereo-nao-tripulado-na-agropecuaria/